A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias emitiu a seguinte declaração sobre o programa Deferred Action for Childhood Arrivals (DACA)*:
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias está estabelecida em 188 nações ao redor do globo. As questões de imigração e estatuto legal são motivo de preocupação para muitos dos nossos membros. A maioria dos nossos primeiros membros da Igreja emigraram de terras estrangeiras para viver, trabalhar e adorar, abençoadas pelas liberdades e oportunidades oferecidas nesta grande nação.
A imigração é uma questão complexa e às vezes causa divisões. Como já dissemos antes, acreditamos que a nossa primeira prioridade é amar e cuidar uns dos outros como Jesus Cristo ensinou. Cada nação deve determinar e administrar as suas políticas relacionadas com a imigração. A Igreja não defende nenhuma solução legislativa ou executiva específica. Nossa esperança é que, em qualquer solução, haja provisões para fortalecer as famílias e mantê-las unidas. Também reconhecemos que todas as nações têm o direito de aplicar as suas leis e proteger as suas fronteiras e que todas as pessoas sujeitas às leis de uma nação são responsáveis por seus atos em relação a elas.
Congratulamo-nos com os esforços sinceros dos legisladores e líderes para procurar soluções que respeitem esses princípios e ampliem a compaixão por aqueles que procuram uma vida melhor. Especificamente, pedimos aos nossos líderes nacionais que criem políticas que proporcionem esperança e oportunidades para aqueles, às vezes chamados de "Sonhadores", que cresceram aqui desde uma idade jovem e para quem este país é o seu lar. Eles construíram vidas, procuraram oportunidades educacionais e trabalharam há anos com base nas políticas que estavam em vigor. Esses indivíduos demonstraram uma capacidade para servir e contribuir positivamente na nossa sociedade e acreditamos que deveriam ter a oportunidade de continuar a fazê-lo.
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* DACA é a sigla em inglês do programa Deferred Action for Childhood Arrivals (em português Ação Diferida para Imigração Infantil), que concede autorização temporária para morar e trabalhar nos EUA aos que entraram no país de forma ilegal quando eram crianças. O programa foi criado em 2012 durante a gestão de Barack Obama para regularizar temporariamente imigrantes em situação ilegal que chegaram aos Estados Unidos quando eram menores de idade.
A autorização, que garante também um número de segurança social, é concedida por dois anos, renováveis. O programa evita a deportação imediata, mas não garante residência permanente tampouco cidadania futura.